Resolvi parar um instantinho e reagir á esse e-mail da Ligia Barros, lá do Amazonas. Lá do Amazonas, ou, daqui do lado, eu deveria dizer, já que também vivo na área da Amazônia Legal. E olha, eu sei que apesar do Maranhão bater todos os recordes de baixo IDH , não posso deixar de pensar nas distâncias gigantescas do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia e Roraima, onde a sensação de abandono e impunidade deve ser bem mais opressora. O Pará ainda tem Belém, que é uma cidade mais aberta, também frequentada por turistas do mundo inteiro. Em comparação com esses estados, nós aqui no Maranhão nem podemos reclamar. Mas a gente sempre tem o que reclamar já que queremos "por inteiro e não pela metade", não é mesmo? Lendo o e-mail de Lígia, o entendi como uma súplica, um pedido de socorro. Penso que seu grito ecoou igual pelos quatro cantos desse país através de nossas telas de computadores. Toda a problemática dos privilégios até então invejados e concedidos ás regiões sul e sudeste, que foram discutidos na pré-conferência, na Conferência e serão discutidos, pauta e meta no colegiado, acreditamos que será resolvida com a aprovação da nova Lei Rouanet e de outras propostas que surgirão, com certeza. Quanto ao que acontece no Amazonas , Ligia nos alerta para nossos dilemas principais hoje no Brasil que são as famosas "panelinhas políticas" e a tal da corrupção. Ligia Barros nos fala de um Secretário de Cultura aparentemente em cargo vitalício que nada faz com o dinheiro que recebe dos fundos federais destinados á Cultura daquele estado... É uma denúncia? É realidade? Moçada, a solução está na Sociedade Civil organizada. Por que não nos reunimos para um grande manifesto pleno de Artes Visuais, para dar início ao que propôs a Janaína? Mas sem gastos, sem recursos, sem intermediários. Aqui mesmo , através da internet. Que cada um crie um cartaz para expressar esse momento importante que estamos vivendo. Por que, Ligia, você pode pensar que as coisas por ai são piores que no Rio ou São Paulo, mas eu não trocaria o bom de poder criar nas matas por um lugar no MASP ou uma galeria no Leblon. Ativismo já! E gente, é bom lembrar : o pré-sal pertence ás profundezas do mar! Saudações agri-culturais e urbanas. Marilia
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