sexta-feira, 28 de julho de 2017

Pedro II: Sígnos e Significados - Doutorado/Curadoria: Rosilan Garrido

Quem perdeu a noite de ontem , da abertura da exposição "Pedro II: Signos e Significados"  que aconteceu no Museu Histórico e Artístico do Maranhão, não se arrependa tanto de não ter ido, vá agora! A exposição fica até dia 3 de setembro.
Ao adentrar a sala de exposição do Museu passando pela Mãe d'Água em meio às folhagens e o poema de Celso Borges bem na entrada, meu coração bateu feliz e fier. A exposição estava muito bem montada. Todas as obras dialogando sobre o tema dessa pesquisa de Rosilan Garrido que ressalta a importância desse espaço fisico, arquitetônico administrativo,  onde tudo começou para a cidade de São Luis do Maranhão, onde a gente é parte da história.  
O catálogo mostra a qualidade das obras, o que pensam os artistas convidados e o resumo do trabalho de doutorado proposto pela artista Rosilan Garrido. 
Me sinto realmente honrada fazendo parte dessa exposição. Por vários motivos. Merci!! 

segunda-feira, 20 de março de 2017

Arte Contemporânea no Maranhão/ Texto de Layo Bulhão - 08/04/2014

Há de se convir que a arte no Maranhão é conhecida principalmente pela grande efervescência da cultura popular, bumba-boi, cacuriá, tambor de crioula, Dança do lelê, entre outras, isso não quer dizer que a produção artística seja resumida somente a essas formas de expressão. Podemos perceber com isso que a força da tradição ainda supera as produção de arte contemporaneidade, mas isso é ruim? Embora se evidencie a produção mais popular da arte isso não quer dizer que não há uma produção diferenciada dentro do estado e embora se pense num atraso artístico, prefiro acreditar que esse tipo de afirmação é um tanto equivocada e carregada de pré-conceitos de uma cultura dominante.
Alguns artistas tem se destacado por sua linguagem singular e por suas potentes formas de expressão e inserção dentro do cenário nacional e internacional, mas pouco evidenciados dentro da cultura local. Artistas estes, que tem explorado variadas vertentes artísticas, tais como dança,  instalação, pintura, fotografia, performance, vídeo arte, videodança. Mas onde estão estes artistas? Logo, surge essa pergunta e a respostas surge como uma outra pergunta, mas retórica: que tipo de arte estamos buscando e onde? Acredito poderíamos também substituir essa pergunta por: onde estão os críticos e curadores da obra de arte maranhense? Não há críticos e com isso não se sabe o que se produz; não há curadores, pois não há espaços para a intervenção e pesquisa do artista e; quais as pesquisas acadêmicas e onde encontrar as que foram feitas, se foram. Com isso os poucos artista que produzem, acabam por produzirem a margem, fora do estado ou com recursos próprios oriundos de outros tipos de trabalho.
Dentre estes artistas que produzem dentro do estado podemos citar por sua estética não tradicional ou convencional apropriação de outros espaços para criação de suas obras: Marília de Laroche (fotografia, arte urbana, performance), Erivelto Viana (performance, dança), Raurício Barbosa (body art), Marcio Vasconcelos (fotografia, performance), Thiago Martins de Melo (pintura, performance), Gê Viana (arte urbana, performance), João Almeida (tipografia artística, artes visuais), Efeito Colateral e Furta Tinta (coletivos de grafite), Porcolitos (intervenções urbanas), Bruno Azevedo (escritor), Celso Borges (poesia), Tairo Lisboa (filme experimental), Wilka Barros (performance fotográfica), Uimar Junior (performance), Ton Bezerra (performance, pintura),  Maria Zeferina (Arte Urbana),  Tieta Macau (Dança, performance), Kenny Oliveira (arte não especificada), Diones Caldas (vídeo arte), Lucian Rosa (cinema), BemDito Coletivo (performance, Intervenções urbanas, dança).
As únicas mostras de arte do Estado são: Semana de Dança e a Semana do Teatro, mas que possuem critérios muito específicos de aceitação e seleção dos trabalhos “nada que não entenda no ato em que vejo poderá entrar”, recorte de pensamento próprio. Outra importante mostra, mas essa realizada a partir de iniciativa não governamental é o Conexão Dança que neste ano está em seu sexto ano de execução que propõe outro olhar sobre a dança contemporânea e performance, mas e as outras artes onde podemos fruir o que está além das pinturas de faixadas de casarões e barquinhos ao por do sol?
Neste contexto o Festival de Arte Contemporânea/MA, tem se proposto desde o ano passado a explorar estes tipos de questionamentos e a dar visibilidade ao artistas que produzem obras que  não são aceitas em mostras de teatro, dança e artes visuais do Estado, assim como de outros. Propondo além das apresentações, exposições e demonstrações de processos, a discursão de temas relevantes para o campo artístico, palestras, rodas de conversas, ou seja, o pensamento crítico para o artista e para o público.
“com que língua você fala”. É uma pergunta? mas onde está a interrogação? O artista na contemporaneidade propõe, quase sempre em sua obra, a mesma sensação que esta pergunta sem “?” nos causa, desconforto, inquietação,  reflexão e acima disto, nos força a participar diretamente da obra e não somente estar num lugar de conforto e comodidade, onde somente me alimento do que vejo, escuto, sinto e não tenho nenhuma necessidade de pensar ou realizar o que podemos chamar de feedback, retorno para ao obra, o outro ou meu redor ou para o artista.  Portanto, o FAC, surge como a ponta refeita de um lápis, para continuar a escrever nas mais diversas línguas da arte, possibilitando o convívio harmônico entre as expressões artísticas contemporâneas e as tradicionais. 
https://blogdolayo.com/2014/04/08/arte-contemporanea-no-maranhao/

domingo, 8 de janeiro de 2017