terça-feira, 26 de outubro de 2010

PET é Plàstico




Derivado do petróleo, o PET (diminutivo de politereftalato de etila) ou seja, o plástico, leva mais de duzentos anos para se desintegrar na natureza. O quê fazer com tanto PET? Aqui vão algumas idéias... Quase todo o nosso lixo pode ser reciclado mas nós ainda não estamos equipados para a reciclagem limpa e eficaz de tanto lixo. O ideal seria que consumíssemos cada vez menos materiais nocivos à natureza. As garrafas de refrigerante, de dois litros, em especial, aquelas garrafas de plástico que hoje ocupam espaço no fundo dos quintais e são montanhas jogadas em lixões das cidades (ou atiradas ao léo pelas estradas e caminhos) indo parar em canalizações, rios e lagos de todo o país, podem ser inteiramente reaproveitáveis. O que amenizaria, em uma primeira instância, um problema crônico no mundo que é a quantidade de lixo. Com as garrafas de politereftalato de etila, ou seja , com as garrafas PET, consumidas e jogadas fora, todos os dias, pode-se construir até uma casa ou uma ilha! Com as tampinhas se faz arte, com os aros das tampinhas se faz cortinas e com ao corpo das garrafas cria-se móveis ! Eu vi um monte de “garrafas PET” serem lavadas, cortadas, preparadas e transformadas em blocos leves e tão sólidos quanto a madeira . Eu vi ! Logo ali na esquina da rua do Ribeirão com a de Santo Antonio, em São Luis. Um endereço “ocupado” onde um grupo de mulheres pratica a solidadriedade aprendendo e ensinando. Hora como “respirar melhor” , com o Yoga e outras técnicas de meditação, hora como se abrir à Poesia, hora como salvar o mangue, hora como respeitar as crianças, hora em oficinas de recuperação de materiais. Tudo é na base do improviso e o resultado é sempre em comunhão. Afinal as pessoas, juntas numa empreitada, gostam de partilhar a tarefa, a comida e o sucesso , ou até mesmo a derrota, o que não foi aqui o caso. Seja como for , o importante é fazer, de preferência em harmonia , e assim, com prazer, continuar fazendo pelo bem comum. Aprender a fabricar um sofá com garrafas pet foi uma experiência surpreendente (a nível humano principalmente). Segue foto de toda a gente. São Luis, 30 de maio de 2008.

Ata, pinha, fruta do conde do meu quintal

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Engana que o povo gosta!

Ainda não escrevi nada sobre Roseana Sarney ter escapado de um segundo turno com uma diferença de apenas 0,08% sobre a oposição elegendo-se governadora do Estado do Maranhão. O que eu posso dizer? Para mim não foi uma "vitória". Acredito, inclusive, que houve compra de votos, descaradamente... O que mais eu poderia dizer? ...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dilma, Marina e Serra : quanta hipocrisia!


Pela mãe do guarda!
Pensem em uma lei de bom senso para a questão do aborto.
Criminalizar é loucura!
Permitir que dogmas religiosos interfiram em decisões de Estado é absurdo!
Não legalizar o aborto em hospitais públicos é compactuar com a clandestinidade e os riscos.
Abaixo a hipocrisia, caramba!
Eu ás vezes tenho a impressão de que estamos voltando no tempo.
À Idade Média!

sábado, 9 de outubro de 2010

Tudo que você disser deve fazer bem

Eu assistia á televisão com meu filho de 12 anos quando vimos Lula dizer que os culpados pela crise mundial eram "as pessoas brancas de olhos azuis". Fiquei chocada com a irresponsabilidade das palavras de Lula e assustada quando meu filho reagiu: "Mãe, porque ele está falando isso? Eu sou branco e tenho os olhos azuis.. mas não tenho culpa da crise no mundo"... Claro que não meu filho , eu respondi... e dentro de mim quis dizer á ele "pelo contrário, você também é vitima dessa crise mundial". Entendi o que Lula quis dizer , mas o perigo era na interpretação. Tem muita gente racista nesse mundo ... que pode querer levar essa "culpa" ao pé da letra. Tem muita gente louca, matando e exterminando gays, negros e louras... Ou todo aquele ou aquela que não se enquadra no esquema. Fizeram isso com Jesus e todo ano matam o homem de novo em procissões. E a reação de meu filho, que tem os cabelos castanhos bem claros e tem olhos azuis por parte de meu avô materno de origem portuguesa que tinha os olhos verdes ( e deve ter sofrido por ser português) e dos olhos azuis de meu sogro francês ... (que deve ter sofrido por parecer alemão durante a guerra em que lutou pela França como piloto de aviões)... Fiquei preocupada com o futuro do Brasil e do Mundo. Fiquei muito triste... me dei conta do poder das palavras das pessoas que não pensam no que estão dizendo...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Por falar dos urubus da Bienal...

Nessa noite a miséria veio dormir na minha varanda.
Abri a porta de manhã e lá estava ela: jovem, franzina,
em posição fetal, morta de sono, de fome e cansaço...
O crack passou a noite com ela.

En parlant des vautours de la Biennal...

Cette nuit la misère est venue dormir dans mon véranda.
J'ouvris la porte ce matin et elle était là:
jeune, fragile, en position fœtal, morte de sommeil, de faim et de fatigue...
Le crack avait couché avec elle.

sábado, 2 de outubro de 2010

Olha' bandid' aí gente !!!

Forum Nacional de Cultura - Setorial das Artes Visuais

Resolvi parar um instantinho e reagir á esse e-mail da Ligia Barros, lá do Amazonas. Lá do Amazonas, ou, daqui do lado, eu deveria dizer, já que também vivo na área da Amazônia Legal. E olha, eu sei que apesar do Maranhão bater todos os recordes de baixo IDH , não posso deixar de pensar nas distâncias gigantescas do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia e Roraima, onde a sensação de abandono e impunidade deve ser bem mais opressora. O Pará ainda tem Belém, que é uma cidade mais aberta, também frequentada por turistas do mundo inteiro. Em comparação com esses estados, nós aqui no Maranhão nem podemos reclamar. Mas a gente sempre tem o que reclamar já que queremos "por inteiro e não pela metade", não é mesmo? Lendo o e-mail de Lígia, o entendi como uma súplica, um pedido de socorro. Penso que seu grito ecoou igual pelos quatro cantos desse país através de nossas telas de computadores. Toda a problemática dos privilégios até então invejados e concedidos ás regiões sul e sudeste, que foram discutidos na pré-conferência, na Conferência e serão discutidos, pauta e meta no colegiado, acreditamos que será resolvida com a aprovação da nova Lei Rouanet e de outras propostas que surgirão, com certeza. Quanto ao que acontece no Amazonas , Ligia nos alerta para nossos dilemas principais hoje no Brasil que são as famosas "panelinhas políticas" e a tal da corrupção. Ligia Barros nos fala de um Secretário de Cultura aparentemente em cargo vitalício que nada faz com o dinheiro que recebe dos fundos federais destinados á Cultura daquele estado... É uma denúncia? É realidade? Moçada, a solução está na Sociedade Civil organizada. Por que não nos reunimos para um grande manifesto pleno de Artes Visuais, para dar início ao que propôs a Janaína? Mas sem gastos, sem recursos, sem intermediários. Aqui mesmo , através da internet. Que cada um crie um cartaz para expressar esse momento importante que estamos vivendo. Por que, Ligia, você pode pensar que as coisas por ai são piores que no Rio ou São Paulo, mas eu não trocaria o bom de poder criar nas matas por um lugar no MASP ou uma galeria no Leblon. Ativismo já! E gente, é bom lembrar : o pré-sal pertence ás profundezas do mar! Saudações agri-culturais e urbanas. Marilia